Nos quadrinhos, na telona do cinema, na telinha da TV, Batman sempre agradou. Muitos são os fãs que preferem a versão que mostra o cara como um herói soturno, sombrio, misterioso e implacável em filmes e HQs. Já eu, geminiano da gema, sempre curti de montão aquele Batman dos seriados plenos de humor e onomatopeias com Adam West e Burt Ward, que deixam de cabelos em pé tais fãs mais ortodoxos e, de quebra ainda, magotes de fundamentalistas que se assumiam como inimigos de qualquer herói de HQs, além das próprias HQs, claro é. Sim, eles já existiram e hoje, se não extintos, conservam-se silentes devido à imensa paixão que atualmente a maioria das pessoas professa ter pelas histórias em quadrinhos. Hoje dizer que os quadrinhos são arte do diabo, que desencaminham criancinhas desavisadas pega muito mal e ninguém faz sucesso com um discurso arcaico e equivocado desses. Mas um dia, pasmem, isso já aconteceu e de com força. Os tais fundamentalistas num passado não muito distante mostravam suas caras assustadores e eram tão malucos quanto qualquer fundamentalista. Muito devido a estes caras e a maneira como viam o Bat-seriado e muitas HQs, foi que surgiu a tal teoria contida no livro "Seduction of the innocent", de Frederic Wertham - o Diabo o conserve - que redundariam no Comics Code Authorithy, de triste memória, e no Código de Ética, versão brasileira desta insanidade criada para salvar nossas almas do inferno e que só fez foi dar mais um golpe no movimento pela nacionalização dos quadrinhos neste patropi abençoá por Dê e bonipornaturê, prejudicando em muito os desenhistas dessas plagas tupinanquins, digo, tupiniquins. Usei neste desenho uma bat-caneta nanquim 0.5, um bat-pincel seco, um bat-reticulado e um precioso bat-graminha de Photoshop. Santa informática, Batman!
(Publicado originalmente em 29/03/14, antes, bem antes que o Grande Morcego subisse aos céus)
(Publicado originalmente em 29/03/14, antes, bem antes que o Grande Morcego subisse aos céus)