21 janeiro 2013

Lançamento do novíssimo livro do Nildão esta semana

Há séculos os almiquimistas com seus cadinhos procuram em vão a fórmula de fabricar ouro. Deveriam falar com o Nildão, cartunista e artista gráfico aqui desta afroterra, Bahia. Para vender seus livros pejados da mais pura criatividade, de há muito Nildão descobriu uma fórmula mágica que é o ouro. Nada daquele esquema manjado de lançamento de livros que costumamos ver, onde pessoas são obrigadas a pegar duas filas maçantes, uma para comprar o livro, outra para ter este mesmo livro autografado pelo autor e, no final, todo mundo se cansa, ninguém se diverte e volta para casa prenhe de rancor. A fórmula de Nildão é simples, eficaz, não requer prática, nem sequer habilidade. Ele prepara uma belíssima festa para lançar o livro. Mas uma festa mesmo, com um som de responsa num lugar legal, onde a galera vai para curtir, dançar, bater papo, rever os amigos, conhecer gente nova e demais corolários. O ingresso para participar da festividade este ano serão 3 notinhas de R$10,00, ou seja, R$30, o que dará direito a um livro do Nildão, entitulado Drops Pops. Aí a pessoa adentrará a um ambiente no qual irá se divertir de montão e ao final, levará o livro para curtir em casa, relembrando os bons momentos da festança. Este ano o lançamento acontecerá no próximo sábado, dia 26 de janeiro, às 22 horas, no Bar Póstudo, no Free Shop, Rua João Gomes, Rio Vermelho. Comandando os Pick - ups o contagiante DJ Roger N' Roll. Para prelibar tais delícias você pode dar uma visitada básica no site www.nildao.com.br . Nos vemos na festa do lançamento, leitores e alquimistas de plantão.

Humor de graça - A Copa do Mundo é nossa, segundo Monsieur Jérôme Valcke.


11 janeiro 2013

100 anos de Coringão ( Eu me Gabo )

O universo do futebol começou a adentrar o gramado de minha alma de pré-adolescente quando eu habitava Pindorama, pequena cidade no interior paulista. Praticamente tudo se resumia a dois grupos distintos: os corintianos, apaixonados por um time que estava sem vencer um campeonato regional há muitos anos, e os odiosos palmeirenses. Odiosos pelo menos para os corintianos que deles eram alvos de gozações e vexames a cada insucesso do S.C. Corinthians Paulista. Lembro-me de uma dupla de italianos velhos, motoristas de táxi, e do seu riso algo alvar despejando motejos, zombarias e toda sorte de dichotes aos torcedores alvinegros não perdoando quem quer que fosse, velhos, jovens e mesmo pré-adolescentes como eu. Chamavam tais palmeirenses o seu próprio time de Academia. Ah, meu Deus!, era de fato um time muito bom com Ademir da Guia comandando um elenco de craques com a camisa verde. E tome vitórias para cima do Timão. No entanto, já na época eu procurava ver as coisas por seus ângulos diversos. Assim comecei a notar que por mais derrotas que tivesse, o amor dos torcedores pelo Corinthians só fazia aumentar, como se as derrotas não os incomodasse, como se elas não tivessem a importância que normalmente dão os torcedores em geral. E eu via ampliar-se cada vez mais o número de seus apaixonados fãs que pareciam ignorar os tropeços e insucessos do alvinegro do Parque São Jorge como se certeza tivessem de que tanto amor incondicional um dia seria regiamente recompensado em anos vindouros. Percebi que em uma atitude assim, maravilhosa e especial, havia algo mais do que supõe nossa vã filosofia e foi a partir daí que começou a nascer em mim a paixão pelo Corinthians que foi aumentando, aumentando com o passar do tempo. Tempo que só fez ver mais claro na escolha que eu fizera ainda menino com uma convicção de adulto. Décadas depois, morando há décadas na Bahia, sou um corintiano ainda mais apaixonado que sabe bem que gostar do Corinthians ultrapassa o gostar de futebol. Uma escolha e uma paixão futebolística tem que ser respeitada e por isto democraticamente respeito as escolhas clubísticas alheias. Mas por dentro, sei muito bem que em matéria de escolhas e das alegrias que elas podem trazer, o que há de melhor só experimentou - e sempre haverá de provar - quem integra este imenso bando de loucos que somos todos nós, torcedores do todo poderoso Timão. E neste ano de 2010, quando ele completa um século de sua fundação e tantas festas e comemorações acontecem, envio daqui da Bahia todo o axé desta terra de Todos os Santos e Orixás ao nosso Todo Poderoso - salve, salve! - S. C. Corinthians Brasileiro.
*********************************************************************************************
P.S. O texto acima escrevi e postei em Setembro de 2010, Anno Domini em que o Timão completava um século de existência. Reli e fiquei achando que este post scriptum  se fazia necessário pois pouco mais de dois anos depois de haver comemorado seu centenário muita coisa boa aconteceu com o Coringão. Veio-me à memória os dois velhos taxistas italianos, que qual uma dupla bem ensaiada de hienas, riam de nós, corintianos. São Genaro ou algum outro providencial  santo itálico os protegeu bastante bem, levando-os deste mundo há tempos, poupando-lhes a humilhação de ver que hoje o seu querido Parmeira encontra-se, merecidamente rebaixado, na Segunda Divisão. E o Corinthians que ambos tanto execravam, ah!, o Corinthians  hoje é só grandeza, estando prestes de inaugurar seu belíssimo estádio próprio. E depois de ganhar o Brasileirão, justamente em cima da outrora Academia, sagrou-se campeão invicto da Libertadores da América, foi ao Japão carregado nos braços pela Fiel, bateu o Chelsea, da Inglaterra, e hoje, soberano,desfila pelos gramados do mundo seu título de melhor time do Planeta. Deus é mesmo brasileiro. E aonde o Coringão vai Ele vai junto empunhando sua bandeira alvinegra e gritando " Sou louco por ti, Cortinthians!"

04 janeiro 2013