19 maio 2022

Puxa-saco competente e digno sabe que ser subserviente ao Chefe vem antes de tudo.

 

NÃO IMPORTA O QUE VOCÊ ESTEJA FAZENDO, NEM COM QUEM. UM CHAMADO DO CHEFE É COISA SAGRADA E UM PUXA-SACO CONSCIENTE TEM QUE LARGAR TUDO PARA ATENDER SEU IDOLATRADO SUPERIOR.
Digam o que queiram dizer os maledicentes de plantão, a vida de um Puxa-saco nem sempre é um mar de rosas, um lago de perfumadas gardênias, uma fonte de delicadas orquídeas, um oceano de alvissareiros lírios-da-paz A felicidade pessoal é algo que deve ser preservado, mas acima dela e bem acima de tudo o mais, está a vontade do amado chefe. O chefe é uma sacrossanta instituição que garante as refeições diárias e o padrão de vida almejado por um Puxa-saco de valor e suas vontades devem ser atendidas incontinente, sem indevidos questionamentos, injustificáveis alegações e inaceitáveis excusas. O escritor Ademar Gomes, que estudou a fundo a viva dos Puxa-sacos, discorre sobre o tema no seu antológico MANUAL DO PUXA-SACO em um texto hilário sobre a atividade puxasaquística do qual forneço aqui uma mostra:
"É preciso dedicação total para obter-se sucesso na atividade. Tem-se que ficar à disposição do chefe dia e noite, domingos e feriados, chova ou faça sol. Convocação do chefe é sagrada, exige atendimento imediato, esteja-se no melhor do sono ou no meio de uma trepada com a boazuda mais desejada da cidade, não importa. Chefe tem prioridade absoluta..."
**********Quando recebi o texto original de MANUAL DO PUXA-SACO, esta basilar obra de Ademar "Professor Bandeira" Gomes, não pude me conter e li-o de um só fôlego, tão deliciosos eram os escritos de Ademar. Aí então, lesto e presto, esbocei todas as ilustrações usando grafite 2B sobre papel Opaline 180 g. Incontinente, arte-finalizei todos os desenhos com uma dócil canetinha de ponta porosa e indiquei o meio-tom em papel vegetal. Curti à beça o texto hilariante de Ademar e, qual um Narciso soteropolitano, curti também as ilustrações que fiz para ele.

18 maio 2022

As façanhas sexuais de um chefe, segundo o relato de um insuspeito Puxa-saco.

UM PUXA-SACO TEM QUE SER IMAGINATIVO E ENGRANDECER A PLANGENTE PERFORMANCE SEXUAL DE SEU SAGRADO CHEFE.
O criativo e hilariante texto contido no livro MANUAL DO PUXA-SACO, do escritor e jornalista Ademar Gomes, é de imprescindível leitura para os que querem, nestes tempos bicudos, assomar o pedestal da dignidade puxa-saquística e se regalar com os proventos daí advindos. Transcrevo a seguir um trecho do que Ademar Gomes escreveu sobre o assunto no seu delicioso MANUAL:
"Criatividade é essencial. Quem não a tiver o bastante para inventar histórias que exaltem o chefe não deve nem pensar em ingressar na confraria. Mas nada de exageros  - "Doutor Viana é o maior fudedor que eu conheço" - para não expor o chefe ao ridículo, principalmente se ele estiver acostumado a so pegar no tombo, mesmo na primeira...Tem de ser histórias verossímeis, sua briga com três estupradores para defender o cabaço da namorada, botando todos para correr com certeiras pernadas, rabos de arraias, martelos, ainda que o chefe nunca tenha entrado numa roda de capoeira e não saiba sequer o que é um berimbau. No começo, a culhuda sobre a coragem de um frouxo como ele pode até deixá-lo constrangido, mas depois de ouvir algumas vezes acaba incorporando-a às suas próprias fantasias, até porque fama de brigão intimida eventuais agressores..."

**********Quando recebi o texto original de MANUAL DO PUXA-SACO, esta basilar obra de Ademar "Professor Bandeira" Gomes, não pude me conter e li-o de um só fôlego, tão deliciosos eram os escritos de Ademar. Aí então, lesto e presto, esbocei todas as ilustrações usando grafite 2B sobre papel Opaline 180 g. Incontinente, arte-finalizei todos os desenhos com uma dócil canetinha de ponta porosa e indiquei o meio-tom em papel vegetal. Curti à beça o texto hilariante de Ademar e, qual um Narciso soteropolitano, curti também as ilustrações que fiz para tão magistral escriba e tão generoso amigo.

Como a questão religiosa é determinante para um Puxa-Saco cheio de brios.

A RELIGIÃO DE UM PUXA-SACO RESPEITÁVEL É A MESMÍSSIMA RELIGIÃO DO SEU VIRTUOSO CHEFE.
Nos textos do MANUAL DO PUXA-SACO, livro de Ademar Gomes, ficamos inteirados de que um competente Puxa-saco tem que ser dedicado aos seu superior nos mínimos detalhes.
Um Puxa-saco exemplar deve adotar para si preferências clubísticas e religiosas do chefe. Nada de inaceitáveis heresias, impensáveis apostasias. Um comportamento apóstata não se coaduna com uma conduta de incondicional cumplicidade que deve ser estabelecida e preservada por um Puxa-saco que se respeite. A exemplo de certas figuras que se arvoram a serem influentes líderes religiosos cristãos, o Puxa-saco deve bradar bem alto que o seu amado chefe está no cargo que ocupa por inquestionável e sacrossanta escolha de ninguém  menos que Deus, que é Onipotente e Onisciente, apesar de não ser lá tão Onipresente assim. Isso vale para qualquer que seja a fé, muçulmana, budista, católica. E muito principalmente para os que habitam esta afro-capital baiana pois isto vale também para as religiões de matriz africana como o candomblé. Não, um Puxa-saco não pode vacilar um só instante: deve, sem indecisão, abraçar a fé afro-brasileira de seu pio chefe. Quando preciso, dançar ao som do toque dos atabaques, e até mesmo fumar charuto e beber marafa no gargalo, se o momento assim determinar, ainda que isto possa resultar em recriminações nada ecumênicas por parte dos preconceituosos e teocráticos setores pentecostais e similares contra as pessoas que professam fé nas religiões afros. Fica sabendo tudo do assunto quem ler o livro de Ademar Gomes, MANUAL DO PUXA-SACO, livro de cabeceira dos aduladores mais contumazes, inveterados e renitentes. Sobre esse tópico escreveu Ademar Gomes: 
"Ecletismo religioso é fundamental para acompanhar o chefe em suas peregrinações ecumênicas (seja qual for a preferência espiritual dele) e não pisar na bola durante as liturgias."
**********Quando recebi o texto original de MANUAL DO PUXA-SACO, basilar obra de Ademar "Professor Bandeira" Gomes, não pude me conter e li-o de um só fôlego, tão deliciosos eram os escritos de Ademar. Aí então, lesto e presto, esbocei todas as ilustrações usando grafite 2B sobre papel Opaline 180 g. Incontinente, arte-finalizei todos os desenhos com uma dócil canetinha de ponta porosa e indiquei o meio-tom em papel vegetal. Curti à beça o texto hilariante de Ademar e, qual um Narciso soteropolitano, curti também as ilustrações que fiz para ele.
(311218)

17 maio 2022

Estante Virtual e o livro de crônicas futebolísticas do escritor Ademar Gomes com ilustrações de Setúbal.

É com enorme carinho que tenho ilustrado livro para escritores, notadamente os amigos mais próximos que são escribas e me procuram para que eu participe de seus livros na condição de ilustrador. Ocorre que quando tenho alguns exemplares desses livros por mim ilustrados habitualmente presenteio amigos interessados ou faço amigáveis permutas com outros cartunistas em Salões de Humor, no que chamamos de ”trocar figurinhas”, algo muito salutar que me garante ter em minha cartunteca particular preciosidades feitas por colegas de traço feito Biratan Porto, JBosco, Gonzalo Cárcamo, Paulo Caruso, Chico Caruso, Cedraz, Nildão, Valtério, Santiago e outras feras feríssimas. Caro leitor, não sou lá um vivente muito organizado e acontece de muita vez seguir os comandos de meu coração e termino por presentear mais do que poderia ou deveria. O resultado é que fico eu próprio sem ter sequer um exemplar de livro que ilustrei e que gostaria de ter nas minhas estantes para folhear quando preciso, para comparar ilustrações, estudar as mudanças de traço, reler. Em casos que tais, há que se recorrer a amigos que por ventura tenham um exemplar, ou partir para uma nem sempre fácil pesquisa na internet. Isto se deu, por exemplo, com o livro A ÚLTIMA COPA EM PARIS, do escritor e jornalista Ademar Gomes, de quem ilustrei um bom número de livros. 
Ilustração para uma das crônicas do livro.
Na pesquisa que fiz recorri ao site da Estante Virtual, especializada em livros usados, um sebo eletrônico trabalhando duro para os que, ao contrário dos nazi-fascistas de plantão, são convictos de que cultura, conhecimento, bons livros só nos trazem intensas e benfazejas luzes n’alma, nos ampliando os conhecimentos alargando beneficamente nossos horizontes. Dei sorte, havia um exemplar. Só um único exemplar à venda em um sebo lá de Brasília, aguardando por mim. Curioso pensar como um livro editado de forma independente por um escritor baiano, arrojado, com esforços próprios, sem contar com os préstimos de distribuidora alguma, foi parar em um pequeno sebo do centro do poder político do país. Tratei logo de fazer um cadastro no site, formulei o pedido online e tudo correu maravilhosamente. Paguei o boleto, recebi mensagem com a confirmação e, sem demora, em poucos dias, o livro chegou à minha porta trazido pelas mãos de um altaneiro estafeta paramentado com as cores da ECT. Alegria total, como se pode constatar através de minha alumbrada feição na foto acima. Só quem gosta de ler, só quem gosta de livros e opúsculos em geral pode saber bem do que falo. U-hu, o Fachin é nosso!!, quero dizer, o livro é meu!! Um viva para a rapaziada da Estante Virtual, vida longa para eles. Que outros possam experimentar a alegria, a felicidade que experimento por ter conseguido um livro que desejava ardentemente. Obrigado, Estante Virtual. Salve, salve!