21 novembro 2017

Agressões e gestos obscenos de jogadores do Flamengo, o monopólio da Rede Globo, o declínio do futebol brasileiro.

Torcida brasileira, muito da derrocada do futebol brasileiro como força mundial se deve à ganância e falta de escrúpulos de grupos de empresários do ramo das comunicações, no caso, a Rede Globo de Televisão e seu nefando monopólio. Graças aos seus obscuros conluios com crapulosos dirigentes da CBF e seus sórdidos interesses financeiros, a dita Rede tornou-se a proprietária do esporte, relegou-o à reles condição de mercadoria, um mero produto a mais na sua grade de programas. Aqui nessa terra brasilis, o futebol não se tornou uma superpotência da bola de uma hora para outra. A esse invejável patamar chegamos com méritos através dos irrefutáveis talentos de grandes craques, verdadeiros deuses dos gramados. Craques como os geniais Pelé e Garrincha, ao lado de outros jogadores maravilhosos, encantaram o mundo inteiro e tornaram a camisa amarelinha a principal referência mundial quando o assunto é o chamado esportes das multidões. Pois a Rede Globo de Televisão, enxergando nesse esporte a possibilidade de ganhos ilimitados, tratou de apossar-se desse filão ultra-super-trilionário. Muito dinheiro correu, muita mutreta rolou, muita gente de moral duvidosa embolsou dinheiros para que, enfim a Rede Globo se tornasse, como de fato se tornou, a proprietária, a dona, a senhora, toda poderosa que manda e desmanda ao que chamamos nosso futebol, que já não é nada nosso, é dos riquíssimos proprietários da Rede Globo. Aquele vergonhoso 7x1 fora-o-baile que levamos da seleção alemã dentro de nossa própria casa não é causa, é consequência desse estado de coisas. Com sua enorme influência, a Globo dita regras, interfere em tabelas, horários de jogos, quem vai ou não para a seleção, quem lá será mantido como craque sem sofrer o açoite dos comentários depreciativos, tão destruidores, dos galvõesbuenos da vida. Usando da força de sua elevada audiência, a Globo sempre impôs seus interesses que muita vez sufocam os interesses dos torcedores e do nosso futebol. Isso se estende da seleção ao futebol de maneira geral, vez que as federações de futebol e os clubes de futebol tornaram-se dela dependentes, e assim ela se nos impõe suas regras e nos faz assistir o que ela quer e quando ela quer que assistamos, privando-nos de acompanhar os times e os jogos que de fato queremos ver, dando prioridade aos programas de sua grade televisiva. Para que a audiência da novela não seja prejudicada, somos forçados a comparecer em estádios ou assistir em casa jogos em horários noturnos proibitivos, criando grandes problemas de transporte e segurança para as prefeituras e cidadãos. Isso se estende aos demais países da América Latina que participam de torneios com clubes brasileiros. Enquanto as coisas seguirem dessa maneira, jogadores de times apadrinhados pela Globo farão o que querem, se estapearão à vontade, e farão seus gestos obscenos no palco que quiserem, sem serem punidos de acordo com o teor de seus atos indignos. E nunca é demais dizer que nós, torcedores brasileiros, o futebol seguirá descendo os degraus do túnel que conduz a um futebol sem brilhantismo nem grandezas, tornando-se um rebotalho, uma sombra apagada do futebol maravilhoso e vencedor que já fomos um dia, e que tanto encantou as plateias de todo esse planeta.

20 novembro 2017

Flamengo, troca de sopapos em campo, Rede Globo e o futebol que virou suco.

Nessa rodada de numero 36 do Brasileirão de 2017, o Flamengo enfrentou o Corinthians, já sagrado, com todos os méritos, o lídimo campeão brasileiro desse corrente ano. Nesse jogo vimos coisas de estarrecer, que nada têm a ver com o dito esporte bretão: dois jogadores do Flamengo, mostrando total despreparo e nenhum pingo de fairplay, se estapearam, se esmurraram, se cuspiram, se arrostaram, trocaram cabeçadas, com direito a gestos obscenos claros para qualquer espectador ver no conforto de seu sacrossanto lar ou de um boteco na esquina, esse mais adequado para assistir tais belicosos e malcriados eventos. Tudo bem debaixo das fuças do árbitro da partida e o sujeitinho fez que nada viu, fez a egípcia, fez cara de paisagem, fez que não era com ele, não. Bom, ocorre que os protagonistas dos lamentáveis acontecimentos são jogadores do Flamengo, time do Rio de Janeiro, apadrinhado pela poderosa Rede Globo de Televisão. A Globo sempre busca preservar coisas e entidades que são dos seus particulares interesses, indiferente aos erros e culpas que possam ter. E quando algum jogador de um time qualquer que não esteja na lista de seus clubes intocáveis, comete uma ação censurável, como uma entrada entendida como muito violenta, a Globo a exibe diuturnamente, com censuras e ares de redentora da moralidade. Alguns acontecimentos deixam atuais deixam isso claro, mas vou me valer de um ocorrido há já algum tempo, mas que achei emblemático, envolvendo um ex-jogador do Timão, o meio campista Rincón que, em jogo com o Fla, disputava a bola com seus adversários e, a todo o momento, valendo-se de seu físico robusto, os desarmava por diversas vezes na partida, anulando-os. Os comentaristas da Globo, sempre parciais, como soem ser os comentaristas em sua larga maioria, fizeram um escândalo, sob alegação de que Rincón era desleal, violento. Um lance em que ele ia na bola e terminava por atingir com o cotovelo o jogador flamenguista foi mostrado em diversos momentos, dias e dias a fio, ganhando uma visibilidade enorme, monstruosa, contundente, não se falava em outra coisa. A mesma propalada preocupação e cuidados não existiram quando os comentaristas globais avalizaram a convocação e titularidade do desajustado Felipe Melo para a seleção canarinho de Dunga na Copa da Espanha. O resultado, sabemos, foi desastroso, vez que o citado elemento, mostrando desequilíbrio e uma índole violenta, foi expulso por agredir o jogador Robben, da Holanda, na Copa do Mundo da África do Sul, manchando o bom nome do nosso futebol. No caso de Rincón, tanto fizeram que os árbitros passaram a marcar de perto o corintiano em todos os jogos, punindo-o com diversos cartões e advertências, com um rigor nada usual. O que ontem, na Ilha do Urubu, os jogadores do Flamengo protagonizaram em campo foi algo vergonhoso que deveria ser punido exemplarmente pelo bem do nosso futebol. Justiça se faça, a Globo noticiou o lamentável episódio, mas o fez em tom ameno, quase de gracejo, como se tudo não passasse de uma lúdica traquinagem dos marmanjos envolvidos. Ninguém da emissora platinada bradou pelas expulsões, nem disse que "a regra é clara!", embora clara, e muito clara, seja. E dese já, podemos antecipar e dizer que não serão punidos de acordo com a gravidade de seus atos. Isso, se punidos forem. Havendo punição (e aqui cabem aspas), será um arranjo, uma passagem de mão pela cabeça, tudo virará algo desculpável, compreensível, aceitável, mesmo que seja tudo escabroso, digno de ser punido exemplarmente. Uma vez mais, os interesses de alguns ditam as normas, o lixo será de novo varrido para debaixo do tapete e nosso futebol, malgrado nosso infindável e já pouco justificável sentimento de eterna superioridade, seguirá cada vez mais sendo uma sombra apagada do que já fomos um dia.