28 setembro 2020

Manezinho Araújo, o Rei da Embolada / Uns caras que eu amo 8

"Imbolá, vô imbolá, eu quero ver rebola bola, você diz que dá na bola, na bola você não dá." Tais palavras são de uma composição do grande e versátil Zeca Baleiro e você que gosta do trabalho do cara, certamente já o ouviu cantar essa melodia de ritmo e letra instigantes. Trata-se de uma embolada, gênero musical que se ouvia muito do final dos anos trintas até os anos cinquentas e que, em certa medida, é um ancestral do rap. Você, leitor dotado de seletíssimo ouvido e de acendrado gosto musical, sabe bem que Baleiro prima pela mistura de ritmos, pelas composições originais e ecléticas, que podem misturar batidas pop com diversas ritmos regionais do nordeste brasileiro, entre otras cositas. Mas não é o sempre magistral Zeca Baleiro o motivo maior dessa postagem, ele aqui é apenas o fio condutor para falar do Rei da Embolada, título que pertence, com totais méritos, ao genial Manezinho Araújo, compositor, cantor e pintor nascido em Pernambuco em 1910. Manezinho iniciou sua carreira profissional após um inusitado encontro com Carmen Miranda ocorrido em um navio, no tempo em que ele servia a Marinha do Brasil. Durante a viagem, estimulado pelos colegas marinheiros, Manezinho cantou suas emboladas para a Pequena Notável. Ela adorou, seu empresário e sua comitiva, idem, idem. Disso veio o convite para ir ao Rio de Janeiro buscar a sorte nas rádios para nelas cantar profissionalmente, o que acabou acontecendo e Manezinho foi muito bem sucedido, sendo contratado por uma boa gravadora que com ele gravou diversos discos. Na embolada estão amalgamados o lúdico, a alegria, a malícia, a sátira ferina, uma boa pitada de molecagem popular, muita criatividade e, sobretudo, doses maciças de humor e da mais pura brasilidade. Uma das coisas positivas da internet é que ela vem sendo usada como importante registro da História e um meio de preservação da memória popular. Nela podem ser encontradas gravações memoráveis, históricas, para o deleite de quem não se limita a ouvir ouvir apenas e tão somente a onda musical do momento. Quem gosta do que é bom, há de gostar de ouvir os sucessos de Manezinho Araújo, Pra onde vai, valente?, O carreté do Coroné, Coitadinho do Manezinho, A metraia dos navá, Cuma é o nome dele? Dezessete e setecentos, e outros mais. Todos deliciosos e bem brasileiros. Viva Manezinho Araújo! E que ninguém bula com Mané do Arraiá!
(161116)

23 setembro 2020

Nildão e Renatinho da Silveira e a Santa Inquisição nos dias atuais

-
1. São Rock 2. Nossa Senhora do HD 3. Aparição da Virgem 4. Santo Antônio 
Em uma bela e enluarada noite de quinta-feira, mais exatamente no dia 27 de janeiro do Anno Domini de 2011 (o teeempo passa, torcida brasileira!), o cidadão Nildão, inspirado poeta, intimorato artista gráfico e iconoclástico cartunista, estava lançando seu mais novo livro de então, sendo tal opúsculo prenhe de criatividades miles. Nildão é o cara! Sabe que o bom humor serve para questionar o estabelecido e os dogmas mais entranhados. Assim é que ele, trabalhando em dupla com seu inseparável comparsa, o maravilhoso Renato da Silveira, criou e lançou algum tempo atrás a série "São Será o Benedito e outros santos geneticamente modificados". Católicos ortodoxos não gostaram nadinha de mexerem com seus ícones. E um grupo um tantinho fundamentalista, lá de Sorocaba, SP, moveu um processo criminal que foi encampado pelo Ministério Público Federal de São Paulo. Qual seria o próximo passo? A excomunhão de Nildão e Renatinho da Silveira? A ressurreição de Torquemada para, com seus autos-de-fé e suas fogueiras, punir as heresias gráficas da dupla? Não sei responder, sou péssimo em opinar sobre coisas em que a sensatez e a racionalidade nos escapam, em que as escolhas de atitudes fogem ao bom-senso. E sabemos bem até onde isso pode nos levar, desde a devastadoras guerras santas, como a acusações de bruxaria e queima de inocentes nas fogueiras de Salem, por exemplo. Não, não sei. O que sei é que Nildão e Renatinho são fantásticos criadores gráficos, plenos de humor e sapiência, mentes mais iluminadas que qualquer grande fogueira da Inquisição, caras do bem, talentosos e profícuos, que a toda hora lançam alguma coisa nova, instigante, que nos faz rir, e que assim nos chega ao cérebro e nos faz parar para refletir um pouco mais sobre sentidos e valores atribuídos às coisas. Quem quiser conferir pode ir ao site do Nildão e dar uma olhadinha lá que vai sair fã da dupla. O link é http://www.nildao.com.br
(18010211)

21 setembro 2020

Nenhuma mulher me resiste / Frases de Béu Machado 13

 As mulheres não resistem à minha presença: dão no pé.
(Béu Machado, de seu livro Pensamentando)
260916

Dívida dura de engolir / Frases de Béu Machado 03

Uma senhora com um colar de pérolas
pode estar endividada até o pescoço.
(Frase de Béu Machado, de seu livro Pensamentando)
(220916)

Fundos que nos afundam / Frases de Béu Machado 09

Os magnatas não costumam depositar seus fundos no banco dos réus.
(Béu Machado, do seu livro Pensamentando)
(230916)

Telepata que empata / Frases de Béu Machado 20

Pense sempre nos outros. Mas antes se certifique de que seu marido não é telepata. 
(Frase de Béu Machado, de seu livro Pensamentando)
(300916)

16 setembro 2020

Béu Machado, Caetano Veloso, Goethe

Sempre relembro Béu Machado, sempre vale a pena que todos relembremos Béu. Amiúde me vem à mente seu jeito calmo de poeta, quase anônimo, fingindo-se igual aos viventes outros, malgrado o talento imensurável para versejar, criar frases. Contrariando Caê, que diz que só se pode filosofar na língua de Goethe, Béu filosofava em muito bom soteropolitanês. Seu humor, carregado de dendê e pimenta dedo-de-moça, algumas vezes era pura molecagem e outras ocultava, por trás de uma aparente despretensão, uma profundidade que a muitos certamente poderia escapar. O humor béumachadiano e sua filosofia podem ser percebidos a olho nu em frases como estas que aqui reproduzo para matar as saudades do poeta, do frasista, do vizinho na Boca do Rio e do amigo cortês e espirituoso.
***** O fato de marcianos virem periodicamente à Terra só prova uma coisa: não existe vida inteligente em Marte.
***** O açougueiro cortou a parte que eu mais precisava: meu crédito.
***** "Saúde de ferro!", disse o médico, desenganando o hipocondríaco.
*****De lascar é quando a bola bate no pau sem chocar na trave.
***** De nada adiantou eles ordenarem que eu me calasse. Heroicamente continuei gritando "Ai!"
***** Desisti de desafiar o Mike Tyson. Os motivos são de força menor.
***** Desta vez vai correr sangue: aumentaram os preços dos absorventes!
***** Ler Proust é uma perda de tempo.

Que grande, que imensurável falta nos faz Béu Machado.
(291114)

10 setembro 2020

Elis Regina, insuperável. / Umas minas que eu amo 4

Somos um país musical. Essencialmente, fundamentalmente, visceralmente, extraordinariamente musical. Entre nossos tesouros pátrios, temos cantoras maravilhosas que arrasam ao cantar e interpretar qualquer tipo de música. Que maravilha, que musical deleite é ouvir o canto de Gal Costa, de Rita Lee, de Clara Nunes, de Cássia Eller, de Daúde, de Adriana Calcanhotto, de Marisa Monte, de Clementina de Jesus, de Astrud Gilberto, de Flora Purim, de Bidu Sayão, de Dona Ivone Lara, de Carmen Miranda, de Elba Ramalho, de Marinês, de Nara Leão, de Dalva de Oliveira, de Ângela Maria, de...ah, são tantas e tantas e tantas! Para mim, entre elas, brilha a estrela mais cintilante: Elis Regina. Elis, a Pimentinha. Inesquecível, incomparável e, em diversos aspectos, insuperável. Elis tinha uma voz e uma força interpretativa que supera os limites do que já é muito, muito bom. Tudo quanto ela cantou ou gravou, segue tendo uma força maior e dói saber que se foi dessa vida e não se ouvirá suas possíveis interpretações para canções que amamos, gravadas por outras notáveis cantoras. Ouço uma delas interpretando uma música, gosto do resultado, mas sempre me pego em solilóquio, dizendo que extraordinário seria escutar Elis Regina interpretando aquela canção, de uma forma que só ela saberia interpretar com toda a força que lhe ia na alma de quem nasceu para cantar, com o coração pulsando forte, saindo do peito, extraindo da canção tudo que ela continha em seus mais recônditos dizeres, de um modo que ninguém jamais a igualou, deslizando por sua garganta abençoada, chegando a nós, preciosa e exata, através de sua voz, de sua força interior. Dói muito tal sentimento de perda. Elis tinha um timing que foge ao comum, mergulhava na canção, ia ao seu âmago, dali arrebatava tudo que essa canção tinha para dar em termos de emoção, fosse a mais profunda dor, melancolia, alegria, esperança, amor não correspondido, amor vitorioso, redentor. O músico César Camargo Mariano, que acompanhava Elis, diz que ela não era só uma cantora e grande intérprete - o que não é pouco - que ela ia muito além disso. César a tinha na conta de um músico, em pé de igualdade com os que a acompanhavam e isso gerava uma total empatia e cumplicidade que facilitava as coisas, era fundamental nos ensaios, nas gravações e apresentações. Elis correu o mundo, esteve em várias cidades do planeta e causou admiração por todos os recantos que passou, graças à sua grandeza musical. Mas não quis fincar raízes na Europa ou nos Estados Unidos. Afirmava ser uma cantora genuinamente brasileira, com largos e indissociáveis vínculos com nossa cultura. Aqui se quedou, em ambiente muita vez adverso para ela e  para o Brasil que ela desejava, lutou com seu talento, sua índole e sua bravura pessoal, e seguiu carreira renovando-se a cada dia, agigantando-se, chegando a um patamar em que poucas no mundo da música chegarão. Tinha a sabedoria de adivinhar o formidável, o magistral em compositores ainda neófitos, novatos em que ela vislumbrava talento em potencial, e lançou ao estrelato vários deles em gravações antológicas. Dava às canções uma força que fazia boquiabertos os próprios autores das composições, fossem eles os ainda iniciantes Gilberto Gil, Zé Rodrix, Belchior ou mesmo Aldir Blanc e João Bosco ou, certamente, o Maestro Soberano, Tom Jobim, com quem Elis fez um dia um antológico dueto, interpretando Águas de Março. Elis se foi, e é uma imensurável perda para o mundo da música. Consola-nos, ao menos, o fato de poder ver e ouvir em vídeos postados na internet, sua voz de interpretações que não encontram similares, uma voz maravilhosa, clara, forte e poderosa que encantou não só o Brasil, foi além, bem mais além, e conquistou o mundo.
(070716)

09 setembro 2020

Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Francis, Zélia Gattai, Godofredo Filho e Tiradentes em retratos feitos a cores por Setúbal.

O lusitano FERNANDO PESSOA, o mineiro CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, o baiano GODOFREDO FILHO, poetas mais que inspirados da língua portuguesa. Retratos em papel Opaline 160 g, esboço com grafite B, arte-final com caneta nanquim, cores feitas com lápis Caran D'ache. Clicando sobre cada uma das ilustrações, luminiscente leitor, você as amplia.

 PAULO FRANCIS, jornalista, crítico de teatro, escritor. Papel Canson, 180 g, esboço com grafite HD, arte-finalização com caneta nanquim, colorização com aquarela.
 ZÉLIA GATTAI, escritora, fotógrafa e memorialista brasileira. Retrato feito sobre papel Opaline 160 g, grafite B para esboçar, caneta nanquim para arte-finalizar, tinta ecoline para colorir. 
TIRADENTES, retrato feito a partir de imagens que costumeiramente  circulam em livros e jornais brasileiros. Papel Fabriano 200 g, desenhado e colorido com pastel seco.

Madonna, Rubem Braga, religiões, protesto e resistência à ditadura. Três ilustrações de Setúbal.

MADONNA BOA DONA E RUBEM AI DE TI PINDORAMA BRAGA. Ilustração esboçada com grafite 2B em papel de diagramação, arte-finalizada com caneta nanquim e com um pincel 02 na aplicação de tinta ecoline de cor cinza. A retícula pontilhada no alto da arte foi garimpada na internet. 
Clicando sobre cada uma das ilustrações você irá vê-las em formato ampliado.
O HOMEM, AS RELIGIÕES. Esboço feito com grafite B sobre papel de diagramação. Sobre este esboço foram colocadas manchas de meios-tons de cinza feitos com aquarela.
RESISTÊNCIA A DITADORES. Ilustração feita com lápis dermatográfico sobre papel preto. Os toques de cinza, que ajudam a visualizar melhor os personagens, foram colocados através do Photoshop. 

08 setembro 2020

O bardo Bill Shakespeare no traço de Setúbal.

Há jogadores profissionais de futebol que só jogam em uma única posição, seja ela qual for. Outros, entretanto, se adaptam a diversas posições, do ataque à defesa, passando pelo meio de campo. Há até uns craques que, mesmo não sendo goleiros de ofício, em caso de uma emergência calçam as luvas de arqueiro e vão estoicamente defender o chamado último reduto. O fato em si não torna um jogador eclético melhor que o que não o é, é só uma questão de versatilidade que um não tem e no outro por vezes sobra. Falo isso porque já conheci desenhistas que sempre seguiram uma única linha de trabalho e dessa forma mostravam-se notáveis. Outros conheci que tinham inúmeras variantes para se expressar. Meu trabalho se situa entre os destes profissionais. Faço isso por gostar de fazer um número de coisas diferentes, variar, ousar, experimentar técnicas e materiais novos, o que me enche de prazer e satisfação e afasta para bem longe qualquer possível chatice contida em rotina que ameace ser enfadonha, Assim, busco renovar um trabalho cotidiano, torná-lo um desafio, dar o melhor de mim e fazer um trabalho profissional que surpreenda sempre aos leitores, quer fazendo cartuns, HQs, tiras, ilustrações variadas, caricaturas e retratos. Destes últimos, os retratos, já fiz um bom número mostrando artistas, políticos, escritores, intelectuais e um infindável número de gentes outras. 
Nesta postagem, mostro acima o mais que extraordinário William Shakespeare, poeta, dramaturgo e ator inglês, celebrizado como "O bardo do Avon". Não confundir com o Bar do Avon, que deve ser - há de existir - o nome de algum pub local. Shakespeare é considerado o poeta nacional da Inglaterra, eternizado como o criador de prodígios como Hamlet, A megera domada, Rei Lear e Romeu e Julieta - frisando que não estou me referindo à sobremesa assim batizada, composta de goiabada-cascão-com-muito-queijo. Falo é do célebre casal de jovens apaixonados de Verona que não há quem desconheça neste mundo, mundo, vasto mundo. 
********Usando grafite B esbocei o desenho em papel de diagramaço. Fiz a arte-final com caneta nanquim e sobre ela - qual um inventivo MacGyver - me valendo de uma velha escova de dentes, aspergi tinta nanquim para dar um toque visual mutcho porreta, como dizem as mais representativos representantes do povão desta minha afrocity baiana, Soterópolis. 
(300518)

05 setembro 2020

A Poesia e a Boca de Béu Machado.

Nem bem dissipava-se a primeira das gotas de orvalho e lá estava eu, senhor do mar qual um Poseidon, mergulhando nas águas da Praia da Armação, na Boca do Rio, nesta soteropolitana urbe. Tempos antes, Caetano Veloso soltara sua voz tamanha alardeando que a Boca do Rio era beleza pura. Um aval régio desses não é inteligente desprezar-se. Vai daí peguei meus pincéis e tintas e fui habitar o - na época - paradisíaco bairro onde já haviam morado até Os Mutantes, em fase pós-Rita Lee. Entre os tradicionais moradores estava o vate Béu Machado, que eu já conhecia das redações de gazetas baianas, vez que ele sustentava sua prole e família ganhando o pábulo nosso de cada dia nessas redações, escrevendo, com competência e estilo próprio, coluna falando sobre as artes made in Bahia, divulgando os artistas locais, notadamente os da música, muitos dos quais ainda emergiam na profissão, antes de tornarem-se as estrelas que hoje são. Fora das redações, Béu curtia mesmo era prosear bebendo umas e outras em algum cacete-armado do seu bairro, cotovelo no balcão, fumando um cigarro atrás do outro com seu jeito pacato, sua mansidão bovina. Observando-o assim ninguém adivinharia que ali estava um poeta de surpreendente criatividade e um frasista mais que inspirado, ora crítico, ora irônico, às vezes debochado, muita vez lírico, e o letrista, parceiro de Moraes Moreira em canções em que diz coisas como "Salvador é um Porto Seguro". Um dia, quando a bebida e o cigarro lhe golpearam mais duramente a saúde, atendendo à amada e aos filhos deixou de beber para melhor se cuidar. De Brasília, nosso amigo em comum, o jornalista Fernando Vita, também apreciador de liquors variados, envia texto a ser publicado em que lamenta o recesso alcoólico de tão querido amigo. Tempos depois não resistindo mais à prolongada abstinência, Béu rendeu-se e voltou a beber contrariando médicos, esposa e filhos, todos receosos de nefastas consequências dessa sua decisão, até de uma possível morte prematura. Em nota na sua coluna Swing, enfim responde a Vita, colocando-o a par de sua atitude e justificando sua humana fraqueza: "Vita, querido, voltei ao etílico. Aquela força-de-vontade não podia continuar me dominando!" Grande, grande, grande Béu Machado.
(241112)

03 setembro 2020

O Bundamolismo e o cabotinismo neste país tupiniquim

Nem bem se esvanece o rocio e este estóico cartunista já está em plena atividade no Central Park, na mui frígida atmosfera dessa Big Apple, malhando espartanamente. Mister se faz ter hercúleo físico para poder superar as cotidianas barreiras encontradas por um genuíno cartunista. Nós, os cartunistas autênticos, vivemos eternamente em pugna imensa contra as mazelas impingidas à raça humana, inerme e desprotegida, ainda que armada esteja. Tamanha dedicação não impede que tantos não nos reconheçam como seus legítimos e heroicos protetores e que nos dirijam injustas e indevidas ofensas. E se extremistas armados nos trucidam em mortais ataques, comemoram aos gritos de “bem feito, bem feito!!”. Miríades de brasileiros incorrem em tais abomináveis equívocos e em terras tupiniquins não faltam os que nos apodem de quixotescos e, de forma chula, nos chamem de bundas moles. Pensar nisso me faz intensificar a malhação dos meus bíceps, tríceps e principalmente dos meus glúteos para enrijecê-los de forma pétrea. Bunda mole é mãe!
***Neste post mais três trabalhos de ilustração, como me exigiu o cacique Biratan, que é minha participação em um projeto mostrando trabalhos de artistas gráficos exibidos no Facebook. Na sessão de hoje, numa homenagem ao assaz laureado cineasta Lima Barreto, nada de technicolor ou tequinicolor, só sertão com suas muitíssimas veredas, sertão nordestino, cangaço e cangaceiros em P&B.
1. O HERÓI, história em quadrinhos com argumento e roteiro do graaaaande Gonçalo Júnior, ainda inédita. Arte feita em papel Opaline 180 gramas, grafite B e caneta nanquim descartável.
 2. ROSTO EM CLOSE DO CONSELHEIRO, ilustração para revista. Monotipia feita com tinta preta em bisnaga para paredes e papel ofício.
3. CANGACEIRO E BANDO. Ilustração para livro, Fakexilo, uma simulação de xilogravura feita com guache branco em papel preto.
(11022015)

Um pequenino detalhe sexual / Humor de graça

(200115)