Índios são sempre uma temática muito legal para se
ilustrar. Pela beleza plástica que suas figuras encerram, por tudo de genuíno, de autêntico e de benéfica integração com a natureza que representam os povos indígenas desta descomunal Pindorama, os autóctones merecem todo nosso respeito e carinho. Eles se fazem merecedores de nossa estima e constante atenção, principalmente neste momento tão grave que nosso Brasil vem atravessando, dias absolutamente preocupantes em que o governo do país se encontra nas mãos de homens que conduzem de forma desastrosa as questões nacionais. Em tais questões estão incluídas nossas nações indígenas, tratadas de forma assumidamente destruidora. Usei lápis, nanquim e tinta ecoline para retratar esta mãe índia a
partir de uma bela foto que vi em uma revista onde, infelizmente, não consta o devido crédito ao fotógrafo.
Em tempos mais recentes não há como falar da cultura índígena sem falar no célebre astro Sting que sempre demonstrou ter forte ligação com os autóctones
brasileiros, em especial o cacique Raoni, a quem o roqueiro já afirmou considerar um pai. E como felizmente este patropi não é feito só de arbitrariedades e tragedias ambientais, uma velha piadinha foi adaptada para falar sobre
o dia em que Sting visitou a tribo de Raoni pela primeira vez no anos oitentas. Mal
chegara, o popstar retirou de uma canastra alguns colares e os ofertou ao
cacique como prova de consideração e respeito. Ao ex-The Police, o chefe
nativo agradeceu respeitosamente, mas lhe disse: "Índio não quer colar. Índio quer que
você crie entidade para auxiliar tribos do Xingu na luta por nossa preservaçào e para nos ajudar contra a especulação imobiliária e a voracidade dos homens brancos que invadem nossas terras, derrubam e queimam florestas e
exterminam os povos silvícolas". Sting, consciente que só ele, guardou seus balangandãs de volta na
canastra, foi para Nova York e lá criou a Rainforest Foundation, mostrando ser um filho do qual Raoni pode se orgulhar eternamente.
(13/10/12)