18 fevereiro 2019

Toda mulher encalhada tem razões de sobra para ser feliz.

Solteirona, sim. Mas numa boa!
Fiel leitora, tá certo que você não seja lá nenhuma Gisele Bündchen. Que, pra falar a verdade, você tem dentes tortos e amarelados, mau hálito, buço espesso, joanetes, varizes, estrias e montanhas de celulite. Mas e daí?! Estes detalhes insignificantes não são motivo para você ficar chorando copiosamente, desolada, pensando que, pelo simples fato de ser uma tremenda baranga, um verdadeiro dragão, a homaiada não vai querer nada, nadinha com você. Melhor, muito melhor assim, acredite, doçura. Saiba você, barangosa amiga, que os homens, esses sórdidos incorrigíveis, costumam ter defeitos bem piores que os da mais imperfeita das mulheres e é preferível estar só do que mal acompanhada, que mais vale ouvir comentários de que você ficou pra titia do que ter o dissabor de passar o resto da vida ao lado de um Zé Mané qualquer, aturando aquelas insuportáveis manias típicas dos machos da espécie.
Em seu benefício e o de todas as mulheres, listamos aqui uma série de defeitos comportamentais exclusivamente dos homens para provar definitivamente que não vale a pena você juntar-se a um safado desses, sendo bem melhor viver sozinha, desfrutando de uma feliz e prazerosa existência de solteirona. 

Um homem, uma mulher... e um W.C.
Seguindo uma antiga tradição machista criada para enlouquecer as mulheres, os homens quando vão ao banheiro para fazer o number one, jamais levantam a tampa do assento do vaso e ela acaba toda batizada. Então quando você, toda charmosa, entra no banheiro para fazer aquele xixi básico de princesinha de conto de fadas, depara-se com aquele tsunami amarelado de odor terrível, horror dos horrores. Aí, é claro, você faz a coisa mais sensata e racional que uma mulher equilibrada deve fazer em um momento desses, que é dar nos ouvidos do calhorda uns estrondosos berros carregados dos palavrões mais ofensivos. Ele, na maior desfaçatez, vai fazer pose de inocentíssimo e com a mais lambida cara de vítima, dirá que você anda muito, muito estressadinha. 

De príncipe a rei... do desleixo.
 Sendo mulher, você é uma romântica incorrigível. Um belo dia, por sei lá quais enganos e equívocos, fica achando que um sujeito qualquer é o seu príncipe encantado e, cheia de ilusões, casa-se com ele. Pobre amiga! Depois de um tempo, você se dá conta que ele foi perdendo todo o charme que você enxergava nele, que foi ficando careca, barrigudo e andando com a barba sempre por fazer. Enfim, deixou de ser príncipe encantado e virou um similar do Shrek, um tremendo ogro. 

Sim!, ele é o maior... o maior engano da sua vida!
Na fase do namoro o homem porta-se como um cavalheiro, abre a porta do carro para você, cobre sua tão charmosa pessoinha com as mais olorosas flores e lhe leva para passear por recantos paradisíacos, maravilhosos. Depois de casado ele dá mostras do sujeito imprestável que é, vai se acomodando e quando não está entornado engradados de cerveja, fica no sofá da sala vendo futebol na TV ou no quarto, roncando de forma insuportável, ou zanzando pela casa, só de cuecas e meias furadas, soltando sonoros flatos e azedíssimos arrotos. 

É a mãe! É a mãe!
Os homens, delicada amiga, são muito mal educados e um belo dia, querida leitora, este grosseirão inconcebível ofende sua idolatrada mamãe, aquela santinha sem máculas, a melhor entre todas as sogras, chamando-a de jararaca velha. Tudo porque ela, pessoa experiente e sábia, fundamentada em sua elevada sapiência, disse umas necessárias verdades para o calhorda. Ao ouvir tais disparates contra sua imaculada genitora, você retruca dizendo que a mãe dele, sim, é que é uma cascavel com chocalho e tudo. E a pancadaria rola solta na casa de Noca. 

Como virar uma mocreia sem sair de casa.
Para manter seu corpo sarado, um bumbum empinado e aquela cinturinha de tanajura, você gasta  uma nota preta e se submete a uma sacrificante rotina, sofre horrores em exaustivos exercícios nas academias. Aí vem um pilantra com uma conversinha mole, cheia de promessas vazias e você, a inocência personificada, cai no papo do safado. Quando um dia você finalmente cai em si, percebe que sua barriguinha antes sarada agora está parecendo uma borracharia de beira de estrada, com montes e montes de pneus em tudo que é lugar, seus cabelos e unhas estão um lixo, sua pele parece uma lixa número 5. Ainda por cima, sem que você se desse conta, o vagabundo encheu você de filhos, e os pirralhos passam o dia depredando aquele imóvel que você julgava ser seu inviolável lar ou agarrados à sua saia por todos os cantos da casa. Um desses pirralhos está com a fralda cheia de caca, outro engoliu metade da garrafa de detergente pensando ser refrigerante, outros dois querem mamar em seus peitos, agora já bem caídaços, por sinal. Enquanto isto, alegando que não suporta mais tanto barulho, o sacripanta diz que vai dar uma caminhada para relaxar e se manda direto para um boteco pra encher a cara com aqueles amigos debilóides de Q.I. iguais ao dele. E quando passa uma periguete cheia de curvas, peitões e um bumbum tamanho GG, ele diz: “Isto é que é mulher e não aquela mocreia que eu tenho lá em casa!”

Em calhando...
Amiga querida, agora que você já está consciente da verdade sobre os homens, jogue fora seu lencinho encharcado por lágrimas derramadas em vão. A viver sua vida ao lado de um verme desses, é preferível vivê-la só, docinho. E que se danem as línguas maledicentes das vizinhas fofoqueiras, falando pelas suas costas que você é uma tremenda solteirona, uma encalhada. Solteirona, sim, encalhada, sim, mas por opção própria. E muito, muitíssimo feliz, por sinal! 
                            ( 17/02/13 )