10 junho 2020

.Jorge Amado, Floriano Teixeira, Setúbal.

Em postagens anteriores falei do Floriano Teixeira, artista maravilhoso e ser humano iluminado, cara do bem, divertido, bom papo, de caráter sem jaça. Bateu uma fortecíssima saudade e fui ao meu baú cheio de recuerdos de Ypacaraí com o precípuo escopo de fuçar no intuito de conseguir alguma foto que eu tivesse tirado ao lado de Floriano. No meio da grande bagunça que é esse meu larestúdio, em um cantinho ermo do relicário imenso deste amor achei estas fotografias aí em cima, ambas tiradas quando Floriano Teixeira e Jorge Amado vieram me abraçar durante uma exposição de caricaturas que fiz no Shopping Iguatemi, nesta Soterópolis. Glória das glórias! Dois gigantes das Artes brasileiras que, apesar do endeusamento geral mundo afora, mantinham-se sempre como pessoas de notável simplicidade, companheirismo, sinceridade e solidariedade a toda prova, diferente, bem diferente de um magote de cabotinos desapetrechados de lídimo talento que pululam em toda parte e com os quais topamos a todo instante, contrariando em muito nossas vontades. E nem é bom citar o imenso tsunami de mediocridades gerais e malevolências patológicas com as quais turbas doentias insistem em atormentar nossos presentes dias.  
Saudades de Jorge, saudades de Flori, seres humanos extraordinários, a bonomia, a excelência de conduta e a beleza d'alma personificadas, que fazem uma imensurável falta a mim, a todo o povo baiano, ao planeta e à espécie humana. Sorte nossa que, ultrapassando o mero aspecto físico, de forma perene, através de seus trabalhos fantásticos e imorredouros eles permanecem entre nós, iluminados que sempre foram e que seguirão sendo pela eternidade.
(180303)