17 janeiro 2023

Chico Buarque e Montaigne, a Revista Prosa Verso e Arte e um cronista a caminho da glória.

De modesto nada tenho, acredite. Pergunte aos escritores consagrados que você tem no seu círculo de amizades - se acaso nele transitam alguns - o que os impulsiona a escrever seus romances intrigantes, ensaios elucidativos, crônicas divertidas, açucaradas poesias ou contos dignos de um Dostoievski, de um Liev Tolstói,  de um José Sarney. Numa quase unanimidade, lhe dirão que escrevem para se expressar, para transmitir aos demais o que lhes vai na alma, que a escrita lhes dá sentido existencial, que sem escrever a cuca poderia explodir em milhões de caquinhos. Escribas ainda neófitos diriam algo similar em uma demonstração de elogiável sinceridade. Pois não eu. Escrevo para atingir os pináculos da fama, a notoriedade, o aplauso geral, os holofotes, o tapete vermelho, a admiração incondicional dos leitores e críticos literários. Chás, fardão e cadeira na ABL eu dispenso desde já, do restante não abro mão de nada. Há uma dezena de anos aqui neste blog venho escrevendo textos definitivos sobre assuntos diversos que, somados, perfazem um total de umas cinco ou seis centenas de postagens. Dez anos e, no entanto, quando consulto as estatísticas do blog elas me dão conta de que em uma década inteira minha postagem mais lida é uma insignificância perto da visualização diária dos blogueiros mais lidos deste patropi. Nada sei de marketing pessoal, desconheço quaisquer mecanismos eficazes de promoção de espaços virtuais e não sou um tipo que se empenhe em fazer convenientes contatos sociais, até porque não sou pessoa dada a maiores sociabilidades. 
Todo este extenso preâmbulo foi para dizer que, passada a surpresa inicial, tive a imensurável, agradável e imprevista admiração de ver um texto meu publicado em um espaço visual mais que nobre, voltado para a divulgação do que há de melhor na literatura, crônicas, poesias e artes em geral. Tal espaço visual tem um vastíssimo contingente de leitores que o acessam para ler, ver, ouvir o que há de melhor para ser lido, visto, ouvido. Trata-se da Revista de Prosa, Verso, Arte. Maravilhosamente rica, encantadora, e meu espanto vem do fato de eu ser dela um leitor fiel e de repente, não mais que de repente, sem prévio aviso, ali encontrei um texto meu figurando entre textos belíssimos de consagrados autores. Fico me indagando como eles chegaram aos meus escritos. É vero que não me consultaram previamente solicitando um autorização minha para a publicação da crônica, mas talvez tivessem tentado um contato e não hajam conseguido. O fato é que, ao publicar mesmo sem minha autorização oficial, eles fizeram o certo, mandaram muitíssimo bem. A Revista é um blog voltado para a Cultura e Cultura eu amo, você ama, nós que não compactuamos com o obscurantismo amamos. Pois toda minha autorização digo que foi dada, tanto mais que o estupendo sucesso da Revista, o magnífico conceito de que desfruta e o espantoso número de visualizações que ela tem me deu a alegria de poder constatar que meus escritos foram vistos por um número de pessoas que este meu blog aqui levaria mais algumas décadas para poder igualar. Anteriormente eles exibiam o número de likes das postagens, já não mostram. Na última vez em que ainda se podia ver os likes, dei uma conferida e vi que eles caminhavam para 40 mil, o que significa que o número total de leitores até então pode ter chegado ao dobro disso, quem sabe mais. Havia também comentários de quem leu e o tom de todos era de satisfação com o conteúdo que a postagem trazia. Ah, ia esquecendo, dei à crônica o título de Montaigne, Chico Buarque e o Amor que Não Pede Explicações
Escrevi o texto depois de haver assistido um vídeo em que Chico explica o que o motivara a escrever uma canção chamada Por que era ela, porque era eu. A mais lida das minhas postagens aqui neste meu blog amarelinho não alcança duas mil visualizações. Por aí você pode deduzir que, ao constatar o retumbante e apoteótico sucesso entre os que amam a Cultura que uma crônica minha pode alcançar ao ser veiculada em um blog de incontestável consagração, meu peito se faz inflado do mais justificável orgulho literário. Não, leitor amigo, nada tenho de modesto, tanto mais agora que os tambores rufaram e minha consagração se fez anunciar. Prêmio Camões, Nobel da Literatura e glória literária, aí vai um imodesto convicto.                              O link para a Revista Prosa e Verso e Arte é:
https://www.revistaprosaversoearte.com/montaigne-chico-buarque-e-o-amor-que-nao-pede-explicacoes/