08 setembro 2020

O bardo Bill Shakespeare no traço de Setúbal.

Há jogadores profissionais de futebol que só jogam em uma única posição, seja ela qual for. Outros, entretanto, se adaptam a diversas posições, do ataque à defesa, passando pelo meio de campo. Há até uns craques que, mesmo não sendo goleiros de ofício, em caso de uma emergência calçam as luvas de arqueiro e vão estoicamente defender o chamado último reduto. O fato em si não torna um jogador eclético melhor que o que não o é, é só uma questão de versatilidade que um não tem e no outro por vezes sobra. Falo isso porque já conheci desenhistas que sempre seguiram uma única linha de trabalho e dessa forma mostravam-se notáveis. Outros conheci que tinham inúmeras variantes para se expressar. Meu trabalho se situa entre os destes profissionais. Faço isso por gostar de fazer um número de coisas diferentes, variar, ousar, experimentar técnicas e materiais novos, o que me enche de prazer e satisfação e afasta para bem longe qualquer possível chatice contida em rotina que ameace ser enfadonha, Assim, busco renovar um trabalho cotidiano, torná-lo um desafio, dar o melhor de mim e fazer um trabalho profissional que surpreenda sempre aos leitores, quer fazendo cartuns, HQs, tiras, ilustrações variadas, caricaturas e retratos. Destes últimos, os retratos, já fiz um bom número mostrando artistas, políticos, escritores, intelectuais e um infindável número de gentes outras. 
Nesta postagem, mostro acima o mais que extraordinário William Shakespeare, poeta, dramaturgo e ator inglês, celebrizado como "O bardo do Avon". Não confundir com o Bar do Avon, que deve ser - há de existir - o nome de algum pub local. Shakespeare é considerado o poeta nacional da Inglaterra, eternizado como o criador de prodígios como Hamlet, A megera domada, Rei Lear e Romeu e Julieta - frisando que não estou me referindo à sobremesa assim batizada, composta de goiabada-cascão-com-muito-queijo. Falo é do célebre casal de jovens apaixonados de Verona que não há quem desconheça neste mundo, mundo, vasto mundo. 
********Usando grafite B esbocei o desenho em papel de diagramaço. Fiz a arte-final com caneta nanquim e sobre ela - qual um inventivo MacGyver - me valendo de uma velha escova de dentes, aspergi tinta nanquim para dar um toque visual mutcho porreta, como dizem as mais representativos representantes do povão desta minha afrocity baiana, Soterópolis. 
(300518)