13 dezembro 2022

Corinthians, time amado por corintianos e adorado por palmeirenses, por são-paulinos e outros torcedores.

  
Minh’alma canta, vejo o Rio de Janeiro, estou morrendo de saudades... quero dizer, minh’alma cantava e cantava muito mesmo naquele final de 2017 porque o que meus olhos viram, maravilhados, encantados, extasiados, foi o Corinthians recebendo a taça de legítimo campeão brasileiro daquele ano, com ampla vantagem sobre todos os competidores. Campeão pela sétima vez, desde o título, até então inédito, conquistado em 1990. Depois disso, foi ganhando campeonatos nacionais por diversas vezes, incluindo esse mencionado anno Domini de 2017, quando ficou com a taça do Brasileirão pela sétima vez, com todos os méritos. Salve, salve o Campeão dos Campeões, eternamente dentro dos nossos corações! Salve Jorge!, salve Jorge! Ogunhê, meu pai! Salve, salve, salve São Jorge!, competente e profícuo santo protetor do clube de futebol mais maravilhoso desse patropi, campeão invicto da Libertadores de 2012 com um time que sabia desempenhar em campo o esquema tático de Tite, e que sobrava em habilidade técnica, companheirismo, disciplina, raça, garra, empenho e uma paixão correspondida com o bando de loucosda Fiel Torcida.
Tão bom e poderoso era este time que, neste mesmo ano, foi grande e também invicto Campeão Mundial de Clubes pela FIFA, com direito à presença maciça, participativa e empolgante da Fiel Torcida, do bando de loucos presente ao estádio em Tóquio, no Japão, como se estivesse na Arena Corinthians, uma onda alvinegra de carinho e paixão clubística sem precedentes que ocupou grande parte do estádio nipônico escrevendo na história esportiva, de forma perene, o nome do Corinthians e mostrando que o amor de sua apaixonada torcida desconhece distâncias e limites. Inesquecícel! Faço questão de frisar que estou falando de Mundial, mas Mundiaaaal mesmo, de um torneio oficial da entidade máxima que rege o futebol em todo o planeta, a FIFA - ,Fédération Internationale Football Association - só acontecendo a primeira disputa pelo ansiado Mundial de Clubes apenas no ano 2000, e este histórico primeiro torneio foi abiscoitado pelo predestinado Timão que passara pelo Real Madrid e bateu o Vasco de Edmundo Animal. 
A realização deste primeiro Mundial encerrou uma longa espera dos torcedores mundo afora. Então, falamos aqui de um Mundial de Clubes de fato, oficialíssimo, nada tendo a ver com aqueles arranjos caça-níqueis de televisões e jornais que em anos passados apregoavam que um único jogo - disputado entre apenas dois representantes de apenas dois continentes, que acontecia apenas no Japão - valia por todo um torneio, um grande, um autêntico campeonato mundial, e quem ganhasse esse único jogo, um joguinho só, entre um time sul-americano e um europeu, seria considerado o clube campeão do mundo. A imprensa criou essa mentira e hoje vê-se obrigada a sustentá-la. Ora, mas táááá! É claro que a FIFA jamais avalizou isso, nem poderia jamais avalizar, em nome da Geografia e do bom-senso. E como poderia a entidade validar algo no qual não teve a mínima participação?! Hem?! Hem?! Então, nada vale, nem lógica, nem ética, nem fundamento tem essa esdrúxula canetada do tal Gianni Infantini, dizendo que oficializa títulos pretensamente mundiais de times que não disputaram o torneio com times dos cinco maiores continentes que compõem o mundo, onde o futebol é um esporte cheio de torcedores fanáticos. Só para os que ignoram, mister se faz repetir que no mundo há cinco grandes continentes em que se pratica o futebol profissional com absoluta participação popular em seus estádios. Não dois, não três, não quatro, mas cinco. Este Gianni Infantil não passa de um cartola corrupto, que substitui outro cartola corrupto, o execrável Joseph Blatter, um sacripanta deposto solenemente depois de ocupar por apenas quatro dias o cargo, tendo sido corruptamente reeleito em 2015. Blatter, não satisfeito de passar a mão em zilhões de euros, fruto de corrupção na presidência da entidade, ainda passou a mão na esplendorosa bunda da esplendorosa Hope Solo em esplendoroso evento oficial da FIFA. Bom, já ouvi de uns caras por aí que esse é o único ato de Blatter com o qual eles concordam, e de forma - digamos - abundante. No comments.
O Corinthians, o Timão, o Coringão, idolatrado em todo esse planeta, é um dos raros times do mundo ao qual as pessoas não são indiferentes, sendo que milhões e milhões de torcedores declaram, convictos, seu extremado amor por ele, enquanto que outros tantos torcedores também amam o Corinthians com fervor, porém sem saber que o amam. São aqueles que, de maneira estentórea, declaram odiá-lo com todas as forças, que lançam toda sorte de vitupérios à simples menção do nome Corinthians, que dizem que o Timão é favorecido por complôs e esquemas milionários que obrigam árbitros de futebol do mundo inteiro a roubarem a favor do time alvinegro do Parque São Jorge. Isso é amor, um robusto e acendrado amor, embora pareça ódio. Trata-se, como diz Caetano Veloso, do avesso do avesso do avesso do avesso. Sobre essa necessidade de negar um amor intenso que se sente, vale lembrar que quando uma pessoa não ama mais alguém que um dia de fato amou muito, com todas as forças da sua alma, tal pessoa só pode estar seguro que deixou de amar esse dito alguém através de sua reação ao ouvir o nome de sua antiga paixão. Se a pessoa reage com gélido desdém, com autêntica indiferença, é porque esse alguém, que tanto caro ou tanto cara, fora em dias pretéritos, já nada importa, já passou, já não representa mais na vida da dita pessoa. Mas, se ao contrário, a pessoa reage com altas cargas de emotividade, lágrimas, indignação e uma incontrolável fúria que se faz acompanhar de toda sorte de palavrões e pragas e maldições e sortilégios... baubau! Isso é prova cabal que, sim, a pessoa ainda segue amando aquela pessoa, só que, por uma questão de orgulho dos mais bestas, busca embuçar seu desmedido amor, sua grande admiração, sua sensação de perda e sua enorme frustração por detrás de uma capa feita de alegado ódio e pretenso rancor. Assim se dá com os que se dizem antiCorintians. Eles não dedicam o tempo que têm para vibrar, declarar paixão, nem para enaltecer o time que afirmam torcer. Preferem praguejar, preferencialmente em grupos, dizendo coisas que intentam desmerecer, tirar os méritos do Corinthians que, no fundo, no fundo, eles amam como nunca amaram os times que alegam amar. Por fora, xingam, expondo argumentos os mais diversos para seu alegado ódio, mas por dentro vibram forte e comemoram as incontáveis vitórias do Timão. Eu, que não preciso escamotear o meu grande amor pelo sublime Coringão, eu - com grande orgulho, mais um no bando de loucos - de peito aberto grito muitos salves e vivas ao meu Corinthians, de tradições e glórias mil, o orgulho dos desportistas do Brasil! É nós, manôôôô! 
(30/11/2017)