O traveco é uma instituição das mais sólidas neste torrão auriverde, um patrimônio nacional de valor inestimável e um dos mais cobiçados produtos de exportação deste patropi abençoá por Dê. Os franceses, por exemplo, se curvam - e bote se curvam nisto - ante les brésilienes travequês delapatri, que podem ser encontrados às centenas no Bois de Bologne caprichando no biquinho e falando no idioma de Mollière e de Zola lindas palavras como ménage à trois e voulez-vous une boquettê, missiê? Já na terra de Dante Alighieri, nossos estóicos traveconni agitam a massa, coisa que Rubinho Barrichello, mesmo tendo sobrenome itálico, nunca conseguiu fazer quando estava na Ferrari. Aqui nesta Soterópolis, urbe afamada por produzir em larga escala autênticas Vênus Calipígias estilo Carlas Peres e miríades de popozudíssimas loiras, mulatas, sararás e morenas do Tchan, os travecos locais sofrem uma desleal concorrência e têm de rebolar muito para ganhar o pau, digo, o pão de cada dia. Por sorte, contam em sua defesa com o CATSO (Centro de Amparo aos Travecos Soteropolitanos Oprimidos), que é um órgão vibrante que está aí para provar que as bibas baianas não são de fugir do pau não, senhor. Ora, que despautério!
(210312)