Minha estadia em Belém do Pará como convidado do VII Salão
de Humor da Amazônia encerrava uma oportuna coincidência. Um dos cinco dias em
que eu ficaria na bela Belém era o dia do meu aniversário, 31 de maio. Comentei
isso com Biratan Porto que logo confidenciou ao caricaturista J.Bosco. Vai daí
que Bira, Bosco, Wânia, sua esposa, e Alllana Queiroz, tendo como
cúmplice nessa história meu irmão Luiz Fernando Carvalho, organizaram para mim
uma inédita festa-quase-surpresa no aconchegante apartamento de Biratan, um
misto de lar e estúdio. Antes da festa, Luiz Fernando passou comigo em um bem
suprido supermarket em que comprou
umas garrafas de vinhos chilenos e um bom Vinho do Porto, já que além de amar
os cartuns, apreciamos também as coisas boas da vida, afinal a gente não nasceu
ontem. Chegando ao apartamento de Bira constatei de imediato que na festança
que meus generosos e amáveis amigos me prepararam com tanto carinho quem
ficaria muito à vontade seria o cantante e compositante Erasmo Carlos, o
popular Tremendão, pois não era uma mera festinha, era uma festa de arromba,
expressão que o músico usa em uma de suas canções para designar uma festividade
memorável em que ele esteve. A sede era imensa e para aplacá-la fomos de cara
abrindo uma garrafa de uma outra variedade de belo e capitoso vinho chileno que
Bira comprara, não sem antes certificar-se de que se tratava de uma safra
pré-Pinochet, bem mais salutar. Dois belíssimos bolos foram providenciados. Um
era virtual, criativa e hilária brincadeira do Biratan, mostrando uma
caricatura de minha fina estampa feita por ele no seu PC, em que eu soprava
velas sobre um bolo que indicavam que eu estaria completando 66 anos de idade,
sacanagem do Bira que sabe muito bem que eu tenho pouco mais que a metade disso,
o que mostra que mesmo os grandes amigos têm seus momentos malafaios. Quanto ao
outro, era um bolo de fato, um lindo, maravilhoso e mais que delicioso bolo de
chocolate para chocólatra nenhum botar defeito. Os convivas foram chegando e
entrando logo no clima e ao final boa parte da mais fina flor do cartunismo
brasileiro lá estava pra se divertir na patuscada. Presentes no local meu
inigualável hostess, Biratan Porto com seu indefectível Panamá na cuca, e os
cartunistas Waldez Duarte, André Júnior, Mario Alberto, Orlando Pedroso,
J.Bosco and family, Wânia e Allana Queiroz. Meu irmão gêmeo, que reencontrei em
Belém, Luiz Fernando Carvalho, que é cartunistólogo e caricaturistólogo, além de
um dos eficientes organizadores do Salão de Humor lá estava me alegrando e
dividindo esses momentos de tão transbordante emoção. Todos nos divertimos à beça,
bebemos muitos vinhos bons, cervejotas no capricho, comemos petiscos que o
próprio chef Bira preparou com esmero, rimos a alto e bom som e ainda por cima
nos divertimos com a verve de Bira que, versado em artes anfitriônicas, animou
ainda mais o ambiente contando causos hilariantes para o divertimento e a
felicidade geral da galera presente. Sim, senhoras e senhores, o Tremendão
Erasmo Carlos haveria de se esbaldar nessa fuzarca. E por participar dela
haveria de agradecer muitíssimo comovido. Muitíssimo, mas bem menos que eu.
Na foto acima, Luiz Fernando Carvalho, André Abreu, Waldez Darte, Biratan Porto, Mario Alberto, Orlando Pedroso, J.Bosco e Wânia Queiroz, consorte do graaaaaande J.Bosco. Logo abaixo, a foto da discórdia. Meu coração generoso já perdoou a atitude insidiosa do Biratan.
Na foto acima, Luiz Fernando Carvalho, André Abreu, Waldez Darte, Biratan Porto, Mario Alberto, Orlando Pedroso, J.Bosco e Wânia Queiroz, consorte do graaaaaande J.Bosco. Logo abaixo, a foto da discórdia. Meu coração generoso já perdoou a atitude insidiosa do Biratan.