Jayme Leão sempre arrasou fazendo ilustrações maravilhosas que arrancavam das pessoas os mais rasgados elogios. Vi no Face esse texto de Bira Dantas postado em 12 de março de 2014, em que Bira presta uma mais que merecida homenagem a Jayme. Copiei o texto e devidamente não autorizado, em nome da amizade e da estima por ambos, reproduzo aqui neste bloguito para os leitores saberem um tantinho mais do trabalho de Jayme, um cara que arrasava ao ilustrar e que fazia isso com a maior simplicidade do mundo, sem ostentação, sem narcisismos ou egolatrias. Acompanhando o texto de Bira vai aí uma carica que ele próprio, eclético que é, fez de Jayme Leão, essa fera.
"Conheci Jayme Leão através de suas capas no jornal
Movimento nos idos de 1980, quando resolvi virar chargista. A sua arte-final
perfeita reforçava o conteúdo de suas charges e ilustrações, carregadas com
todas suas ideias socialistas, libertárias, solidárias.
Jayme era alguém que abraçava a causa dos
oprimidos no primeiro momento, ou até antes disso, quando ninguém ainda pensava
em fazê-lo.
Eu o conheci novamente nas reuniões da AQC em 1984. Um excelente e apaixonado orador, com seu sotaque mezzo nordestino, mezzo carioca. Antes de tudo, um defensor do Quadrinho nacional.
Quando colaborei com o jornal Retrato do Brasil, juntamente com o Luiz Carlos Fernandes, sob a batuta de Raimundo Pereira e Elifas Andreato, recebemos a sua visita, lembra Fernandes? E ele cobrou da gente: "Informação, posicionamento, combatividade e excelência gráfica!"
Comprei todos seus incríveis posteres de apoio a Nicarágua, El Salvador e Palestina.
Mudei pra Campinas em 1988 e perdi contato.
A capa da Circo editada pelo Toninho Mendes, me fez relembrar de sua técnica maravilhosa com o aerógrafo e as pinceladas. Alguém intimamente ligado as cores. Cores de luta!
Voltei a acompanhar seus trabalhos através de livros que amealhei aqui e acolá, assim como pelos "Arquivos Incríveis" do João Antonio Buhrer, um expert em artes gráficas.
Com a Pizzada dos Cartunistas organizada pelo Custódio Rosa em 1999 eu o reencontrei. Ele me contou de sua dificuldade com as editoras de livros. De como ele teve que pular do papel, aerógrafo, pincéis... para a arte digital, exigência editorial. Mas esse percalço ele resolveu com louvor, já que dominou também o photoshop. Ele me falou que queria mudar de Sampa, perguntou como era em Campinas... Pensou até em mudar pra cá. Na ocasião fiz a caricatura abaixo, onde o Mestre aparecia com outras dezenas de quadrinhistas.
Finalmente chegou o dia do Gualberto Costa entrevistá-lo no "Sábados das Artes Gráficas", saí de Campinas, mas só cheguei a tempo de lhe dar um abraço.
Foi um grande abraço!
A última notícia que recebi foi através do cartunista Edsondias Dias, que falou da dificuldade que o Jayme estava tendo, com os frilas e com a saúde.
Um artista deste quilate...
Deixa muita saudade."
Eu o conheci novamente nas reuniões da AQC em 1984. Um excelente e apaixonado orador, com seu sotaque mezzo nordestino, mezzo carioca. Antes de tudo, um defensor do Quadrinho nacional.
Quando colaborei com o jornal Retrato do Brasil, juntamente com o Luiz Carlos Fernandes, sob a batuta de Raimundo Pereira e Elifas Andreato, recebemos a sua visita, lembra Fernandes? E ele cobrou da gente: "Informação, posicionamento, combatividade e excelência gráfica!"
Comprei todos seus incríveis posteres de apoio a Nicarágua, El Salvador e Palestina.
Mudei pra Campinas em 1988 e perdi contato.
A capa da Circo editada pelo Toninho Mendes, me fez relembrar de sua técnica maravilhosa com o aerógrafo e as pinceladas. Alguém intimamente ligado as cores. Cores de luta!
Voltei a acompanhar seus trabalhos através de livros que amealhei aqui e acolá, assim como pelos "Arquivos Incríveis" do João Antonio Buhrer, um expert em artes gráficas.
Com a Pizzada dos Cartunistas organizada pelo Custódio Rosa em 1999 eu o reencontrei. Ele me contou de sua dificuldade com as editoras de livros. De como ele teve que pular do papel, aerógrafo, pincéis... para a arte digital, exigência editorial. Mas esse percalço ele resolveu com louvor, já que dominou também o photoshop. Ele me falou que queria mudar de Sampa, perguntou como era em Campinas... Pensou até em mudar pra cá. Na ocasião fiz a caricatura abaixo, onde o Mestre aparecia com outras dezenas de quadrinhistas.
Finalmente chegou o dia do Gualberto Costa entrevistá-lo no "Sábados das Artes Gráficas", saí de Campinas, mas só cheguei a tempo de lhe dar um abraço.
Foi um grande abraço!
A última notícia que recebi foi através do cartunista Edsondias Dias, que falou da dificuldade que o Jayme estava tendo, com os frilas e com a saúde.
Um artista deste quilate...
Deixa muita saudade."
Bira Dantas, cartunista, quadrinhista, ilustrador e amigo de Jayme Leão.