01 abril 2017

Matt Zitman bota pra "f" . E a mulherada adooora!

     Quando faço caricaturas de celebridades para revistas ou jornais, procuro trabalhar com total liberdade e explorar ao máximo o que a técnica da caricatura permite, escudado na personalidade do retratado célebre, procurando me valer de alguma experiência adquirida pela prática constante. O mesmo não acontece quando estou caricaturando pessoas em eventos contratado por empresas ou entidades. Aí seguro a mão para não exagerar no traço e não ferir susceptibilidades alheias. Afinal, trata-se geralmente de um evento festivo entre colegas, onde as pessoas estão em momento de descontração. Noto que tempos atrás as mulheres ficavam arredias e poucas se dispunham a servir de modelos ali, na frente de uma multidão. Temiam que se lhes revelassem possíveis "defeitos de fabricação". As coisas mudaram. As mulheres estão mais senhoras de si, perceberam - excluindo-se as de perfil mais tradicional - que caricatura não é uma arte depreciativa e são a grande maioria na fila dos que querem ser caricaturados. Mas para não haver debandada geral da ala feminina, uso a forma light de caricaturar. Elas adoram o resultado, mostram para as amigas, as filas crescem e lá vem uma multidão de Evas. Estou falando tudo isso porque me chamou a atenção em um blog de um ótimo caricaturista americano, Matt Zitman, a maneira sem amarras com que, usando a genuína técnica da caricatura da forma mais livre, distorce ao máximo os rostos de belas moças. Cara a cara de cara o cara escancara, cara! É de surpreender que ao final as beldades ainda posem, sem constrangimentos, até orgulhosas, ao lado das suas respectivas caricaturas. Será que as americanas são assim tão diferentes das brasileiras? Essas seguramente não reagiriam de forma tão receptiva e tão cheia de finesse.  Essas bonitas e risonhas garotas aí mostradas, formam um grupo que  demonstra entender e aceitar o fato que a linguagem da autêntica caricatura é apenas uma alegre e até delirante fantasia, que tudo não passa de uma brincadeira que não visa expor ninguém ao ridículo, apenas trazer momentos de riso saudável, descontração, bom humor. Confesso que fico morrendo de inveja da forma solta com que Matt executa seus trabalhos certamente convicto de que os modelos vão entender e gostar do que ele faz. Pelo sim, pelo não, sigo moderando, very, very light - pra atrair e não para espantar as susceptíveis moçoilas e madames que, por aqui, são plenas de melindres quando o assunto é sua sagrada aparência física. Ainda por cima escapo de levar uma porrada de uma delas nos meus sensíveis chavelhos.
O link pro blog de Matt é http://www.zitman.blogspot.com/

(Publ. origin. 19/11/13)