10 novembro 2015

Vida e obra de Floriano Teixeira em livro escrito por Cristiano Teixeira, seu filho

Busquei, em postagem anterior, falar resumidamente da arte de Floriano Teixeira, um dos artistas maiores desse patropi abençoá por Dê. Centrei-me mais no aspecto do seu desenho que sempre me deixou encantado, atônito, boquiaberto diante de tanta maravilha, de tão extenso e raro talento. Esta nova postagem é para falar a você, fidedigno leitor deste bloguito, sobre um livro editado e lançado recentemente pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, como parte integrante da Coleção Gente da Bahia, elogiável projeto da ALBA. Trata-se do livro Floriano Teixeira, de autoria de Cristiano Teixeira. O sobrenome não é mera coincidência, já que Cristiano é filho de Floriano. Tendo convivido por toda sua vida com o pai e trabalhando com o ofício de escrever, Cristiano é mais que abalizado para falar da doce figura do grande artista plástico, contando particularidades que interessam a todos que buscam mais informações sobre Floriano, seu rico e admirável lado artístico, bem como o seu lado humano, amigo carinhoso, o chefe atento de uma extensa família, o provedor, o marido, o pai, o avô, o bisavô. Cristiano teve o cuidado de compor o perfil de Floriano valendo-se dos ricos depoimentos de outros artistas, escritores e intelectuais, parentes e amigos de FT, privilegiados que tiveram a felicidade de com ele conviver. O prefácio é um texto saboroso, rico, muito bem escrito pelo amigo Délio Pinheiro, que relata o início de sua amizade com o pintor e desenhista, as impressões que teve do artista, aspectos humanos, sobretudo.  Outros depoimentos igualmente ricos, como os do escritor James Amado, somam-se ao de Délio e assim Cristiano foi aos poucos construindo um retrato que mostra muito do artista de tantos e incomparáveis talentos, com obra vasta e consagrada, mesmo tendo ficado mais conhecido nacionalmente a partir do estrondoso sucesso das suas ilustrações para livros do escritor Jorge Amado, como Dona Flor e Seus Dois Maridos e A Morte e a Morte de Quincas Berro A Morte de D’água. Ficamos sabendo através dos relatos que Floriano nunca desenhava diretamente na tela, evitando manchá-la com borrões, frutos de correções feitas no desenho, o branco ainda imaculado do suporte pronto para receber as tintas. Valendo-se de estudos já feitos, FT definia fora da tela o que nela iria ser colocado e só então transpunha para ela seu desenho elegante e exato através de papel vegetal, já no tamanho adequado e sem mácula alguma. Era chegado o momento de o límpido desenho receber, com o costumeiro carinho, as tintas e todos seus delirantes matizes. Aspectos variados do artista e do homem estão relatados e os leitores ficam sabendo que, além de seu trabalho artístico pessoal, Floriano foi fundador e o primeiro diretor do Museu de Arte da Universidade do Ceará, que ele foi autor de enormes painéis cujos preparos levaram três anos, que o Presidente Sarney era um bom e antigo amigo, que em casas que morou no Rio Vermelho, em Salvador, recebeu como visitantes personalidades mundialmente famosas, admiradores de sua arte maior. Diversas fotos mostram momentos de Floriano recebendo honrarias oficiais e entre amigos, ao lado de artistas, escritores, jornalistas, personalidades diversas e familiares. Enriquecendo mais o livro, Cristiano fez publicar uma expressiva seleção de trabalhos de Floriano, sua pintura que nos faz sonhar, seus desenhos deslumbrantes. 
Interessados em adquirir o livro devem procurar informações na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.